Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo.
Vêm mortos de sede.
Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa.
Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco.

Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?

terça-feira, março 01, 2005

Medo dos tempos antigos!!!

Hoje penso como é possível não nos revoltarmos!!!
Gostaria de ter inteligência para perceber como é possível acontecer tanta coisa que todos os dias presenciamos nas notícias...
Lembro-me de uma frase a jeito de ditado popular e moral, que aprendi na escola primária, e que hoje faz-me todo o sentido.

"Se penso que o outro fez mal porque vou fazer o mesmo?"

De facto parece a moral de uma peça infantil...Mas é o que penso quando vejo o que está a acontecer áquele trágico e tão conhecido "Caso Joana". Como é que uma coisa tão grave pode ser ameaçada no seu processo de apuramento da verdade por negligência e abuso de autoridade da parte da PJ?
Parece que voltámos ao tempo do antigo senhor e dos seus métodos arcaicos...
Não é assim que podemos confiar na Justiça não é assim que Ela se aproxima do cidadão comum.
Se por vezes já é difícil compreender a Justiça, ainda pior é quando põe em causa os fins para que foi criada: o apuramento da culpa e a própria justiça...

...Esperança!

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