Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo.
Vêm mortos de sede.
Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa.
Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco.

Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?

terça-feira, outubro 04, 2005

Ar Puro!

Respirar um pouco de ar puro quando a vida nos pode empurrar,
agarro-me com força porque o vento pode-me levar,
não quero que nada me escape desta vez.
É agora porque já não posso parar...
Então que se partam as amarras se assim tem que ser,
que se olhe em frente se o que ficou já não conta,
que se conte então uma estória daquilo que foi e já não será,
que se repare o errado para mais tarde não se parar,
que se dia diga bem alto que o dia nasceu para se renovar...

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