Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo.
Vêm mortos de sede.
Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa.
Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco.

Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?

quinta-feira, julho 07, 2005

Olá Querida

Existem dias em tudo se transforma e pensamos que será da nossa existência, sentimo-nos perdidos e cada olhar, para nós é importante.
Já me senti assim, já me senti a querer crescer, já me senti com vontade de me esconder , como em pequena, num esconderijo, que só eu sabia e os adultos até achavam graça...
Pois, hoje até tenho tamanho para me esconder mas não tenho a mesma imaginação e o medo de estar sozinha é maior, talvez por já não ser uma brincadeira e ser a realidade...
Penso em ti , avó, várias vezes e felizmente ainda me dizes "Olá querida" pelo menos é o que a minha mente ouve antes de adormecer...
Para a Clarisse...

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