Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo.
Vêm mortos de sede.
Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa.
Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco.

Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?

terça-feira, junho 14, 2005

Ao que se foi

Se chegar amanhã o dia em que o pássaro vai ser libertado...
Serás livre e gritarás bem alto a todos os ventos, torrentes e tempestades, que o dia nasceu de novo e não vai nunca morrer sozinho.
A liberdade quando nasce é para todos...

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