Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo.
Vêm mortos de sede.
Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa.
Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco.

Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?

quarta-feira, junho 08, 2005

Na feira dos sonhos...

No passado mês de Maio tive o enorme prazer de participar na VI Feira de Artesanato - "Mãos que Criam" da Junta de Freguesia dos Prazeres. O local escolhido, semelhante a anos anteriores, foi a Praça da Armada e o ambiente foi incrível!
Foram cinco dias de partilha, de amizade, de diversão, de conforto, de poesia, de pintura, de bordados, de cerâmica, de madeira, de metais... Coisas raras de encontar no nosso quotidiano, infelizmente.
E isto tudo existiu porque todos os que participaram, todos os artesãos, trabalharam para o mesmo fim, empenharam-se mais um ano neste encontro, nesta comunhão de saberes e experiências.
Existem coisas na vida que nos fazem renascer, nesta feira aconteceu-me isso e fiquei muito feliz!


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"Afortunada será sempre a existência que, atenta ao mundo tanto quanto lhe permitem as suas inúmeras ou escassas restrições, não desiste de partilhar com as existências vizinhas o horizonte de humanidade que o destino lhe proporcionou."
Mário Claúdio
Revista "Cais", (59) 2001

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