Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo.
Vêm mortos de sede.
Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa.
Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco.

Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?

sexta-feira, janeiro 28, 2005

2003

Da simplicidade nasce aquilo
Que luz e que reluz,
O que fazemos com traços
Pequenos deixados ao
Acaso desde criança.

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