Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum cavalo. Vêm mortos de sede. Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é apenas terem pressa. Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco.
Quem sou eu, no entanto, que balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem passa?
terça-feira, janeiro 18, 2005
Poema
Aço na forja dos dicionáriosas palavras são feitas de aspereza: o primeiro vestígio da beleza é a cólera dos versos necessários.
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